O Natal é a época mais esperada do ano para a indústria, o comércio e os prestadores de serviços já que há um aumento significativo das vendas nesses setores, mas o Natal deste ano será mais tímido tanto nas vendas quanto na abertura de postos de trabalho temporários, segundo previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O volume vendido deve diminuir 3,5% em relação ao mesmo período de 2015, o equivalente à movimentação financeira de R$ 32,1 bilhões até dezembro. Como consequência, a procura por funcionários temporários deve encolher, com 2,4% menos postos de trabalho no comércio varejista em relação a 2015. Este deverá ser o segundo ano consecutivo de recuo nas vendas e no emprego do setor, entretanto ainda assim serão ofertadas mais de 100 mil vagas neste fim de ano.
Embora os segmentos de alimentos e bebidas sofram menos oscilações com a perda do poder aquisitivo do consumidor, as decisões e o comportamento dentro de um supermercado não são impermeáveis à crise e devem ocorrer mudanças nos seus hábitos de compra devido ao orçamento mais restrito.
Apesar dos empresários terem tomado medidas para enfrentar suas perdas como contenção de despesas, redução dos preços e demissão de funcionários efetivos, houve aumento no investimento em propaganda e marketing de 4,8% para 7,7% entre abril e agosto de 2016 e a contratação de trabalhadores temporários até o final do ano seguirá firme ainda que de forma mais modesta. Segundo pesquisas, a indústria vai absorver 56% da mão de obra temporária, o comércio deve ficar com 34% e o setor de serviços com 10%. Temporários contratados em situação de primeiro emprego podem chegar a 20,2 mil e outros 5 mil terão chances de efetivação após o término do contrato.
Fontes: ASBRA ( Associação dos supermercados de Brasília)
Marco Quintana (Jornal do Comércio)
Sincovaga-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de S.Paulo)