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O salário mínimo no Brasil


O salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.668,55 segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), baseado nos dados da Pesquisa Nacional de Cesta Básica de Alimentos em setembro. Hoje, esse valor é de R$ 937.

Apesar de muito baixo, em 2016 o número de trabalhadores que ganham até um salário chegou a 23,4% da população economicamente ativa. Se a linha da pobreza for de renda até R$ 600 mensais, são 24,3%.

A Constituição estabelece que o salário mínimo deve ser o bastante para suprir os gastos relativos à alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência recebendo reajustes periódicos para preservar o poder aquisitivo do cidadão, entretanto o DIEESE considera que o cálculo feito pelo governo para instituir esse salário é irreal e que para que cumpra sua função deveria levar em conta o preço da cesta básica mais cara do país, que foi registrada em Porto Alegre (R$ 464,19). Em seguida, aparecem Florianópolis (R$ 453,54), Rio de Janeiro (R$ 448,51) e São Paulo (R$ 446,28). No mês de abril, todas as 27 capitais brasileiras sofreram aumentos.

Instituído por lei em 1940, o salário mínimo foi uma grande conquista da classe trabalhadora que trabalhava em condições deploráveis principalmente no campo e na indústria manufatureira. Seu objetivo era proteger essa classe, atenuar as desigualdades, erradicar a pobreza existente e garantir o progresso do país. Entretanto o custo de vida hoje é muito diferente do da época e mesmo com os reajustes anuais o valor está longe do ideal.

Entre os assalariados que ganham menos encontram-se os que trabalham nos campos, os analfabetos e com baixa escolaridade. Além disso aqueles que permanecem na escola não recebem educação de qualidade. O nível educacional dos estudantes brasileiros é considerado um dos piores do mundo. O Brasil tem o segundo maior número de estudantes com baixa performance em matemática básica, ciências e leitura em uma lista de 64 países analisados. Esses jovens já entram no mercado de trabalho levando uma grande desvantagem perante aqueles que tiveram uma educação de melhor qualidade.

Fonte: epocanegocios.globo.com / educacaouol.com.br


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