83,5% de candidatos a processos seletivos são reprovados em português
Qual é a importância do bom português no cotidiano empresarial? Para recrutadores e líderes de empresas dos mais diversos segmentos, o domínio da nossa língua oficial é fundamental para qualquer profissional que pretenda subir na carreira.
Mesmo com toda essa importância, de acordo com um levantamento realizado pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (NUBE), 83,5% dos candidatos a vagas de estágio e aprendizagem são reprovados em processos seletivos por apresentarem conhecimento gramatical insuficiente.
A pesquisa levou em consideração o desempenho de 59.776 concorrentes. Desses, apenas 16,5%, cerca de 9.845 indivíduos, passaram no teste. Os outros 83,5% (49.931) foram desqualificados.
Para os recrutadores, assimilar as regras gramaticais, possuir boa interpretação na leitura e ter boa redação é imprescindível para quem quer impulsionar sua carreira. Além disso, ter uma boa conversação mostra as qualidades e o potencial de cada candidato à colocação.
No ambiente corporativo, a falta de compreensão acerca do nosso idioma pode prejudicar o modo de interagir com clientes e aumentar a chance de entender de maneira errônea uma mensagem recebida de outra pessoa.
A suspensão das aulas presenciais durante a pandemia piorou o desempenho escolar dos alunos, que já era insatisfatório (a taxa de reprovação passou de 50% para 67%).
A realidade mostra como o país deixa a desejar quando o assunto é a instrução da juventude. Conforme apontamento do IMD World Competitiveness Center, feito com 64 países, o Brasil ocupa a última posição do ranking da educação e o resultado no mercado de trabalho não poderia ser outro.
Enquanto não houver uma política educacional transformadora que trabalhe para capacitar melhor os professores, motivar os alunos a participar do aprendizado, desenvolver habilidades sociais, emocionais e intelectuais dos alunos e melhorar o ambiente educativo com novas didáticas e tecnologia, continuaremos com essas grandes dificuldades dos jovens em conquistar seu espaço no mercado de trabalho.
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