Se você acha que ganha pouco e merece ganhar mais, a quem você pede aumento? Logicamente ao seu empregador, certo? Ouço há muitos anos funcionários quebrarem-se de seus empregadores, geralmente insatisfeitos com seus salários. Mas por que seu salário é baixo? Vamos aos fatos:

O custo de mão-de-obra se traduz na soma dos seguintes itens:
Taxa básica estabelecida em negociação individual ou coletiva;
Ajuda de custo;
Abonos;
Pagamentos por horas extras;
Creches;
Transporte;
Assistência médica, hospitalar e dentária;
Formação profissional;
Feriados pagos;
Pagamento de faltas por doença;
Participação nos lucros;
Serviços subsidiados em restaurantes, recreação, etc;
Cesta-básica;
Seguro contra acidentes do trabalho;
Contribuições sociais sobre salários (Previdência Social, depósitos do FGTS, PIS sobre os salários, etc);
Licença-maternidade e paternidade;
Férias remuneradas;
Adicional de férias;
Bônus salariais;
Pagamento por serviço em júri;
Gastos com treinamento;
Gastos com desligamento na demissão;
Seguro de vida;
Décimo-terceiro salário, etc.
O Brasil tem o maior nível de encargos e direitos trabalhistas do mundo. Com uma média de 71,5% por cada funcionário podendo chegar a 100% em alguns setores. No mundo a média é de 20,5%. Se estes encargos fossem para o bolso do trabalhador em forma de salário teríamos um impacto muito positivo para toda a sociedade. Com trabalhadores bem remunerados haveria maior consumo, maior desenvolvimento industrial e comercial, aumento de investimentos estrangeiros e geração de empregos, uma sociedade mais justa com muito menos desigualdades sociais.
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