Dados divulgados no final de 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 1 em cada 4 desempregados brasileiros procura emprego há mais de 2 anos.
Dentre os 12,5 milhões de desempregados no país no 3º trimestre de 2018, 3,197 milhões estavam nesta condição há 2 anos ou mais. Este número bateu novo recorde histórico e corresponde a 25,6% do total de desempregados do país e um acréscimo de 350 mil pessoas em 1 ano.
Entretanto também houve em 2018 geração de empregos com abertura de 568,5 mil vagas formais. A maioria oferecida pelas pequenas empresas que geraram quase 13 vezes mais empregos com carteira assinada do que as médias e grandes. É o que aponta um levantamento feito pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Os pequenos negócios em períodos de crise são os últimos a demitir, e ao retornar à estabilidade, são os primeiros a contratar. Mesmo em anos com prevalência de demissões, os cortes nos negócios menores são mais leves do que nas grandes companhias.
As micro e pequenas empresas foram responsáveis pela geração de 47,4 mil empregos no país só em março do ano passado. Esse número corresponde a 84% do total de postos criados no mês, que ficou em 56,1 mil. As médias e grandes empresas contrataram 5 mil pessoas e a administração pública, 3,6 mil. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego. Esse desempenho superior vem ocorrendo desde 2007.
Quando observada a distribuição por setores, a geração de empregos das pequenas empresas se concentrou fundamentalmente em serviços, com 34,2 mil novos postos. Em seguida vêm os setores da indústria de transformação, com 8,2 mil novos postos, da construção civil, com 5,9 mil, e agropecuário, com 2,3 mil. Dentro do setor de serviços, o segmento mais dinâmico foi o de ensino, com 12,2 mil novas vagas.
Segundo especialistas, a geração de vagas formais deverá avançar com mais força a partir deste ano, quando espera-se a retomada do crescimento econômico.
Fonte: https://g1.globo.com