Desde o início da pandemia do novo coronavírus vimos os preços dos alimentos dispararem no país.
Esse é um fenômeno global, ou seja, todos os países do mundo foram afetados pela alta dos preços devido aos cortes na cadeia de produção e distribuição mundial.
Mas falando apenas do Brasil, de acordo com os dados oficiais do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre os grupos de alimentos as maiores altas ocorreram em cereais, leguminosas e oleaginosas (57,83%), óleos e gorduras (55,98%), tubérculos, raízes e legumes (31,62%), carnes (29,51%) e frutas 27,09%.
As altas foram uma mistura de tudo de pior que poderia acontecer para os preços ao mesmo tempo: aumento da procura externa, aumento da procura interna, aumento do dólar, clima adverso, interrupções na produção agrícola interna e desabastecimento de produtos vindos de outros países.
A boa notícia para este ano é que boa parte dessa mistura de fenômenos já terá se amenizado, e as coisas devem começar a se normalizar. Isso significa que reajustes dessa magnitude e em tão pouco tempo não devem se repetir, entretanto não haverá mais a queda dos preços.
Carne: Os preços da carne bovina continuarão altos em 2021. Os principais fatores são o grande aumento da ração, a diminuição da produção bovina no país e as vendas de grande parte da nossa carne para a China, que paga em dólar para os produtores, desfalcando o mercado interno.
Cesta básica: O pandemônio econômico provocado pela pandemia da covid-19 tem desarticulado a cadeia de produção de vários produtos e tem gerado aumento do preço global da comida. Aqui no Brasil, o fato das pessoas ficarem mais em casa e estocarem alimentos aumentou muito a procura, mas houve diminuição da produção agrícola e aumento do custo da produção de alimentos que é ligado ao dólar, além disso os agricultores preferem vender sua produção para o mercado externo que também paga em dólar. Muito mais procura do que oferta alavancou os preços dos produtos.
A pandemia da covid-19 provocou um grande abalo na economia brasileira em 2020 e ainda continuará em 2021.Os analistas nacionais consideram que os preços dos alimentos não devem subir muito em 2021 no Brasil, embora devam permanecer em elevado patamar. Mas com o agravamento da 2ª onda pandêmica e mais de 30 milhões de brasileiros desempregados ou subutilizados o ano de 2021 não será fácil.
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