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  • Foto do escritorCláudio Aléo

A oportunidade do Brasil no pós-pandemia

Saída de multinacionais da China pode ser chance para o Brasil, enfim, chegar ao futuro.

Felippe Hermes


Este texto de Felippe Hermes retrata algumas estradas que se abriram para o Brasil caminhar em direção ao primeiro mundo e sair da posição de subdesenvolvido. É excelente e muito bem explicado. Como é longo, foi dividido em duas partes. Vale a leitura.

Foi em 1941 que o austríaco

radicado no Brasil Stefan Zweig publicou seu livro mais conhecido: “Brasil, País do futuro”.

De lá para cá, o livro, cujo título virou um epíteto nacional, tornou-se também uma maneira irônica do brasileiro lidar com o próprio país. Afinal, esse tal futuro parece nunca chegar.

Muitas vezes em nossa história tivemos boas oportunidades de pavimentar uma estrada rumo a um país desenvolvido transformando nossas riquezas naturais potenciais em melhores condições de vida para a sua população.

Como Roberto Campos resumiria algumas décadas após o lançamento do livro de Zweig, “o Brasil não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade” – e elas foram inúmeras.

Um exemplo: Em 2007 tivemos um achado, daqueles que podem mudar radicalmente a história de um país-descobrimos reservas com dezenas de bilhões de barris de petróleo, o chamado pré-sal.

Na década anterior, entre o fim do monopólio da Petrobras e essa descoberta, tínhamos visto nossa produção crescer absurdos 150% em meros 10 anos.

Havíamos criado um marco regulatório que permitia leiloar os campos e colocar recursos privados para explorar o petróleo em parceria com a Petrobras, além de uma boa grana nos cofres do governo.

Qual caminho decidimos tomar? Decidimos jogar este modelo pela janela.

A partir dali, o pré-sal era exclusividade da Petrobras, que passaria os anos seguintes se tornando a empresa mais endividada do planeta para investir, e dar uma força para a indústria nacional de empreiteiras.

O resultado é que passamos os cinco anos mais prósperos da indústria do petróleo sem atrair um mísero centavo de investimento para o país, tudo para garantir nossa visão nacionalista.

A lista de incontáveis oportunidades perdidas é longa, das maiores às menores.

Enquanto o mundo nadava em dinheiro nesta década, nós nos metemos em uma enrascada fiscal.

Estamos falando aqui de oportunidades com potencial de transformar o país. Tudo o que teríamos de ter feito era encarado um ou dois anos mais amargos debatendo reformas para sedimentar a segurança jurídica no país, convencendo os investidores mundiais a se arriscarem por aqui.

Passamos os últimos 40 anos ignorando nosso problema de produtividade, criamos um Estado de bem-estar social ignorando as causas da nossa pobreza, relegando a segundo plano aquilo que poderia alavancar nossa população a um status de melhor qualidade de vida.

Tampouco nos preocupamos com infraestrutura, deixando de lado projetos ferroviários que alavancariam nosso setor mais produtivo, o agronegócio.

Este, portanto, é apenas um retrato do Brasil que irá disputar com o restante do mundo as oportunidades que se seguirão. E elas serão inúmeras.

Neste exato momento, seja em função da pandemia global, ou da guerra comercial, uma oportunidade imensa se coloca diante de nós. Será que desta vez iremos aproveitá-la?

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