Eles determinam como agem e pensam milhões de pessoas e, diante da indiferença das autoridades, ajudam a espalhar banalidades.
São mais de 13 milhões de influencers no Brasil, uma multidão que apresenta geralmente assuntos triviais como culinária, moda, saúde/fitness, make/estética, fofocas, humor, música, etc. Entre esses milhões existem tagarelas exibidos que têm opinião sobre tudo, mas existem também honrosas exceções com assuntos de grande relevância para a sociedade.
Houve um tempo em que ideias capazes de iluminar debates e indicar caminhos vinham de grandes personalidades de diversas áreas do conhecimento.
A vida mudou, a sociedade é outra, e agora as grandes cabeças pensantes foram superadas por uma categoria barulhenta e numerosa, muitas vezes descuidada com a informação que divulga e que pode até assumir determinadas posições em troca de uma quantidade extraordinária de dinheiro.
No Brasil, apesar dos milhões de influenciadores digitais (ID), há 500.000 com um número igual ou superior a 10 mil seguidores nas redes sociais, e eles faturam alto. Seus ganhos vem principalmente de parcerias com marcas, posts patrocinados, palestras, venda de produtos, anúncios e publicidade.
Bem superficialmente, encaixam-se em quatro categorias:
Micro influenciadores, que possuem entre 10 mil e 20 mil seguidores, faturam até R$ 15 mil mensais.
Médios influenciadores, entre 20 mil e 200 mil seguidores, faturam até R$ 30 mil mensais.
Macro influenciadores, entre 200 mil e 1 milhão de seguidores, faturam até R$ 100 mil mensais.
Mega influenciadores, com mais de 1 milhão de seguidores. Faturamento estimado de R$ 500 mil mensais.
Um levantamento do Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (Cenp-Meios) indica que, em 2021, o valor faturado por publicidades nas redes sociais foi de R$ 1,43 milhão (maior que os faturamentos de jornais, rádios e revistas juntos).
Essa turma destemida e aparentemente irrefreável influencia o que milhões de pessoas vão consumir, por isso são tão procurados por grandes marcas e é uma profissão que só crescerá no futuro.
Fontes: https://veja.abril.com.br/
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