Não somos só nós que estamos sentindo o peso da recessão. Segundo o Banco Mundial (organização internacional da qual fazem parte 187 países incluindo o Brasil), a pandemia da covid-19 fez com que os países terminassem 2020 com níveis de endividamento recorde e com muitas dúvidas sobre como esse problema poderá ser resolvido. Países como EUA, Japão, França, Reino Unido, Espanha, China e Canadá, só para citar alguns, não sabem de onde tirar dinheiro para sair dessa crise que se aproxima a galope.
Os governos e bancos centrais despejaram montanhas de dinheiro em suas economias para tentar minimizar o impacto econômico da covid-19, e isso teve como consequência, na maior parte dos casos, o aumento das dívidas.
País endividado significa que ele gasta muito mais do que consegue arrecadar e precisa imprimir dinheiro para pagar as despesas. Parece uma solução simples mas infelizmente tem um lado muito ruim. Quanto mais dinheiro imprime, mais ele perde o valor, então por exemplo se você tem cem reais na carteira, na realidade ele vale cinquenta. Não tem o mesmo poder de compra. Você está mais pobre mesmo ganhando o mesmo salário, entendeu? Tudo fica mais caro: luz, água, telefone, eletrodomésticos, remédios, roupas, mensalidades escolares, alimentos, gasolina...essa é a consequência mais clássica de imprimir dinheiro. Resultado: descontrole da inflação ou mesmo uma crise hiperinflacionária, juros altíssimos, baixo crescimento econômico, recessão, aumento do desemprego e da pobreza.
Quanto mais a pandemia perdurar, mais endividado o país fica e mais difícil sair da crise. Abaixo alguns exemplos de países com dívidas maiores que sua produção:
China: 285% Japão: 269,62% Grécia: 233,28% Itália: 162,30% França: 116,35% Canadá: 109,72% Reino Unido: 108,08% Estados Unidos:100,79% Brasil: 91%
Os economistas alertam que estaríamos enganando a nós mesmos se esperássemos uma simples volta à vida pré-covid-19. Os múltiplos impactos da pandemia nos indivíduos, nas empresas e nos Governos não desaparecerão da noite para o dia.
O mundo todo deve se preparar para enfrentar tempos muito difíceis, os governos devem pensar ações que alavanquem a economia e cada cidadão deve ter em mente que a responsabilidade para enfrentar essa crise não é só coletiva mas também individual e exigirá maturidade e comprometimento de cada um.
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